Loucura

Bom dia, louca feira!
Inicialmente quero deixar um feliz aniversário para minha amiga Jéssica, que me alcançou nos 2.0 rs. E também um abraço aos namorados que estão embalados pelo clima apaixonante do dia dos namorados, que na verdade, nada mais é que um dia comercial onde as pessoas expressam um carinho que deveria ser expressado todos os dias... Lá vai eu, estragando a felicidade alheia! rsrs
Ontem, conversando com o meu amigo Rafael sobre meus turbilhões de sentimentos, cheguei a uma conclusão que seria bem oportuna neste dia romântico: um sentimento tão belo que ao se intensificar pode ser confundido com a loucura.
Quando uma pessoa é cega, os outros sentidos acabam se aguçando, para compensar a falta da visão. As coisas do coração também funcionam assim: no momento em que o sentimento percebe que não pode satisfazer seu desejo, ele transforma os outros meios, para compensar a não concretização do desejo.
Freud fala dos mecanismos de defesa, e um dele é o recalque. Quando há lembranças ou sentimentos nas quais não suportamos viver ou que não temos condições de viver, reprimimos essa lembrança ou sentimento. 
Mas o que acontece com a paixão reprimida? Podemos relacionar com o conceito de recalque, de Freud. No recalque, o conteúdo que foi recalcado sai de alguma maneira diferente, mas ele sai. A paixão reprimida, aquela que não pode acontecer por algum motivo, é guardada na gaveta. Mas esse sentimento não é simplesmente descartado, mas sim direcionado a outra coisa que pode ser a arte, a música.
Mas quando esse sentimento vem a tona como ele se mostra, depois de um logo tempo de repressão, traz uma espécie de loucura agradável e controlada. E é ai que mora o perigo rs.
Essa loucura controlada, nos tira desse mundo e nos transporta para um universo perfeito onde a sede se sacia com um beijo e o frio com um abraço. Um lugar onde as estrelas cantam e a lua dança no céu... Um mundo distante da realidade fria. E viver longe do mundo, traz sofrimento e enfrentar esse sentimento na vida real também!
O loucos de amor estão condenados ao sofrimento!
Mas, por um lado, podemos sorrir. Afinal, por traz do sofrimento, conseguimos enxergar a intensidade da vida!


"Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval." - Vinicius de Morais